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Empreendedorismo feminino – o que é isso?

Cresce a cada dia mais o empreendedorismo feminino em todo o mundo. Esse é um passo importante para a conquista das mulheres tanto em independência financeira quanto no que diz respeito a ocupação de espaços no mercado de trabalho.

Segundo dados levantados pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil é o sétimo país em número de mulheres empreendedoras. É uma boa posição no ranking, porém, ainda está longe do ideal.

Vamos entender o que é empreendedorismo feminino e qual é a importância disso para o mercado de trabalho e, claro, para a vida das mulheres.

O que é empreendedorismo feminino?

Empreendedorismo feminino é o termo usado para definir negócios que são idealizados, levantados e mantidos por mulheres. Também inclui cargos altos ocupados por mulheres em empresas de grande prestígio.

No entanto, isso não é tão simples quando parece.

Ainda que você conheça mulheres muito competentes e capazes de ocupar excelentes cargos, acredite: o mercado para elas é bem mais complicado do que para os homens.

A mesma pesquisa que aponta o Brasil em 7° lugar no ranking de empreendedorismo feminino mostra que essas mulheres precisam estudar pelo menos 16% a mis que os homens para conquistarem as mesmas posições.

Somado a isso ainda temos que considerar a chamada “jornada dupla” ou “jornada tripla”, quando a mulher precisa conciliar as atividades profissionais com a maternidade, casamento e outras coisas.

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Mulheres lideram melhor que homens

Isso não é uma especulação. Uma pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), empresas cuja liderança é feminina possuem melhor desempenho no mercado.

Isso se reflete não somente no lucro, que é mais alto quando elas estão no poder, mas também na retenção de clientes e imagem da empresa no seu nicho de atuação.

Esse assunto é tão importante para o mercado e para o mundo que a ONU – Organização das Nações Unidas – decretou o dia 19 de novembro como sendo o Dia Internacional do Empreendedorismo feminino.

A ideia é justamente estimular que mulheres se dediquem cada vez mais aos seus projetos e ingressem no mundo dos negócios, celebrando a força feminina e conquistando cada vez mais espaço em ambientes majoritariamente masculinos.

A importância do empreendedorismo feminino para a sociedade

É importante ressaltar que os benefícios do empreendedorismo feminino vão além das conquistas pessoais e particulares de cada mulher.

Esse é um assunto que, quando devidamente abordado, nos mostra os benefícios sociais atrelados a ele.

Benefícios na sociedade

Para começar, naturalmente o empreendedorismo feminino diminui consideravelmente as diferenças de ascensão de carreira entre homens e mulheres.

É uma forma nivelar melhor isso, garantindo que bons profissionais tenham bons cargos independentemente de seu gênero.

Mas, também é uma forma de estimular o consumo de mulheres em alguns aspectos.

Isso porque ao identificarem que determinada empresa é liderada por uma mulher, as consumidoras podem sentir maior estímulo em consumir produtos/ serviços que até então eram tidos como masculinos.

Benefícios para a economia

Além do ponto citado anteriormente, aumentar o número de mulheres empreendedoras também pode ajudar no crescimento do PIB nacional.

Apoiar o crescimento de empreendedoras pode elevar a receita de diversas empresas, melhorar a competitividade de mercado e oferecer insights para empresas, já que mulheres tendem a ser mais criativas e inovadoras.

Benefícios para as empresas

Por fim, as próprias empresas necessitam do empreendedorismo feminino como chave essencial para um crescimento exponencial.

Isso ocorre porque o capital humano é o ponto mais importante para o desenvolvimento de um negócio.

Valorizar os talentos femininos ajuda a aproveitar melhor a competência de cada profissional, além de gerar um impacto imenso na identificação da população.

Afinal, no Brasil a maioria da população é feminina.

Quantas empreendedoras existem no Brasil?

Esses dados mudam constantemente. Cada vez mais mulheres estão apostando em seus próprios negócios, seja como alternativa para conter uma crise financeira ou pelo simples prazer de gerenciar sua própria empresa.

Segundo dados do SEBRAE, mais de 9 milhões de brasileira hoje atuam como empreendedoras. No entanto, a desigualdade ainda grita.

Apesar de possuírem maior preparo que os homens, essas mulheres faturam cerca de 20% menos que eles.

No que diz respeito a atuação como Microempreendedor Individual (MEI), elas representam uma parcela de 48%.

Mercados majoritariamente femininos

É inegável que as mulheres podem ocupar qualquer cargo em qualquer segmento. Porém, há alguns mercados que se mostram mais receptíveis a atuação feminina.

Os segmentos em que elas se mostram mais ativas são aqueles relacionados a moda, alimentação e beleza.

No entanto, empreendedoras podem ingressar em qualquer negócio, desde que estruture bem a ideia, é claro.

Maiores empreendedoras do país

Para ajudar você a entender melhor o assunto e até a se inspirar, vamos citar a seguir alguns dos nomes mais importantes do empreendedorismo feminino no Brasil. Veja só.

Alcione Albanesi:

Alcione Albanesi sempre mostrou interesse pelos negócios. Hoje ela está à frente de um projeto que idealizou e estruturou, a ONG Amigos do Bem, que atua no terceiro setor arrecadando ajuda e distribuindo para pessoas em situação de vulnerabilidade em todo o país.

Luiza Helena Trajano:

Não podemos falar em empreendedorismo feminino sem citarmos o papel fundamental de Luiza Helena Trajano, líder majoritária e idealizadora da marca Magazine Luiza.

Ela também lidera o grupo Mulheres do Brasil, cujo principal fundamento é justamente estimular o empreendedorismo feminino no país.

Zica Assis:

Zica Assis é um nome importantíssimo por trazer, além do fato de ser mulher, outros recortes que dificultam o acesso ao mundo dos negócios: ela é uma mulher negra e de origem muito humilde.

Hoje, a empresária é dona do Instituto beleza Natural que fabrica e comercializa produtos exclusivos para cabelos crespos, focando na autoestima da mulher negra e miscigenada.

Cristina Junqueira:

Cristina Junqueira é um dos nomes por trás de uma das startups mais importantes da atualidade: o Nubank. Formada em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), a empresária atuou em diversos bancos antes de decidir abrir o seu próprio negócio.

Cleusa Maria:

Nosso último nome é Cleusa Maria, uma mulher que iniciou sua atuação como confeiteira ainda muito jovem, na intenção de ajudar seu pai.

Aos poucos, ganhando experiência e conquistando mais clientes, ela conseguiu iniciar sua pequena loja de doces que hoje se tornou a Sodiê Doces, uma das marcas mais fortes do ramo que conta com mais de 200 lojas espalhadas por São Paulo.

Como você pode ver, há muitos exemplos de empreendedorismo feminino que podemos citar. As mulheres ocupam um papel essencial no desenvolvimento financeiro e econômico da sociedade.

Por isso, é importante estimular e aproveitar as oportunidades, aumentando cada vez mais a participação feminina no mercado de trabalho e, principalmente, nos cargos de liderança.

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